segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Código Florestal e a Ciência: o que os nossos legisladores ainda precisam saber. Participe!

Floresta é coisa séria. Floresta brasileira então... já ouviu dizer que é o pulmão do mundo? Pois é. E se não for levada a sério, em bem menos tempo do que supomos, iremos todos precisar de máscaras e tubos de oxigênio e outros gases necessários para conseguirmos respirar. Isso pode não acontecer na sua geração, na dos seus filhos, netos ou bisnetos, mas vai acontecer muito antes do que imagina. Então, faça a sua parte. Preserve o seu entorno, o meio ambiente por onde passar e se informe sobre as mudanças do Código Florestal Brasileiro. Seu último texto está prestes a ser votado no Senado, com margens a impactos negativos ao meio ambiente irrecuperáveis, mas tem muita gente empenhada em tentar salvá-lo, para tentar salvar o planeta. Amanhã, dia 28, pesquisadores e cientistas irão debater sobre esse tema, em Brasília, conforme o flyer acima. Se mora ou está passando pela cidade, compareça a Praça dos Três Poderes. Se não estiver por lá, participe pela web, assistindo ao vivo pelo site florestafazdiferença.org.br . Aproveite e participe do Manifesto em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

O Acre precisa de ajuda!

Basta cair uma chuvazinha, que aparecem as reclamações. "Ai, que chuva chata!". Chata? Olhem pra foto. Agora leiam. E ajudem, como puderem, nem que seja divulgando esse texto! Se não bastassem as enchentes nos Estados do RJ, MG e em SP, a situação do Acre está bem grave. Nas últimas semanas, o nível das águas do Rio Acre bateu o recorde desde 1997, passando de 17 metros, e transbordou. Já são mais de 70 mil pessoas, de 4.700 famílias, fora de suas casas nos municípios de Assis Brasil, Brasiléia, Xapuri, Porto Acre e Rio Branco. O Rio Purus atingiu os municípios de Santa Rosa e Manoel Urbano, e o Rio Iaco, a cidade de Sena Madureira.

Em Cruzeiro do Sul, o Rio Juruá já ultrapassou, na manhã desta quinta-feira, 23, a cota de transbordamento. Dos municípios atingidos, Rio Branco, Santa Rosa e Brasiléia são os que enfrentam os maiores prejuízos. Em Rio Branco, a capital do Acre, a enchente já chegou a 14,3 mil imóveis, atingindo em torno de 57,2 mil pessoas. A maioria das pessoas está em casa de parentes e amigos e 1,4 mil famílias alojadas em abrigos públicos, num total de 5,5 mil pessoas.

No município de Brasiléia, fronteira com a Bolívia, 95% da área urbana foi atingida, desabrigando mais de 6 mil pessoas. De acordo com o boletim, o governo estadual e a prefeitura de Rio Branco, com o apoio do governo federal, têm assegurado o envio de alimento, remédio e água potável às áreas atingidas e garantido todo o apoio às famílias que estão em abrigos públicos. Em Xapuri, o rio chegou a 15,56 m. No município de Brasiléia, apesar de apresentar uma tendência de vazante, o rio ainda alaga boa parte da área urbana.

AJUDEM! Diante da possibilidade de agravamento da situação, a superintendência do Banco do Brasil no Acre, em parceria com o governo do Estado e a prefeitura de Rio Branco, abriu uma conta corrente para receber depósitos, que beneficiará os desabrigados pelas alagações em todo o Estado. O CNPJ usado pelo Banco do Brasil é o da Diocese de Rio Branco. O dinheiro arrecadado será administrado pelo Fórum Tático Operacional da Superintendência do Banco do Brasil, em parceria com a Defesa Civil. SOS ENCHENTE RIO ACRE - (Banco do Brasil, agência 0071-X, conta 100.000-4). CNPJ 14.346.589/0001-99

As informações são do jornalista Altino Arantes, do Blog da Amazônia, que está acompanhando e postando notícias diariamente sobre essa calamidade. Há informações também no Estadão, G1 e Folha, entre outros.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Um getting na trilha do Perequê. OK, GO!

Meados de fevereiro e, a essa altura, muita gente já deve estar de malas prontas para zarpar da #neopseudoanarcobabilôniapaulistana (comparada à década de 1960), onde hoje todos erguem suas bandeiras como querem, podem e conseguem. Seja por causas sociais, ambientais, por políticas públicas, educacionais e culturais, como também faz, e nesse caso literalmente, a porta-bandeira de uma escola de samba, das várias que desfilarão suas ideologias, sonhos e fantasias, no Sambódromo do Anhembi. Que seja pelos 100 metros quadrados do quarteirão de casa, todos, sem nenhuma exceção, levantam suas bandeiras com a dignidade nata e pluraziada do povo brasileiro, como conseguem. O mesmo povo que chora quando tem que chorar, ri quando tem que rir e que sacode a poeira quando a água bate na b.... ops, poupança, já que pode ter leitor com menos de 12 anos e não é de bom tom dar mau exemplo. E como ninguém é diferente de ninguém, a maior expressão pop cultural brasileira taí e a pergunta mais frequente nas últimas semanas foi e ainda será: "vai viajar no Carnaval?" Uns vão, pelo direito do livre arbítrio de irem para onde bem entenderem. Outros ficam, pela mesmíssima razão. Para os que vão, chequem os sites de meteorologia e condições de trânsitos aéreo ou rodoviário, ou os pneus e os cintos de segurança, e façam boa viagem ao destino carnavalesco escolhido, com o Deus que fizer sentido para cada um de nós. Para os que ficam, também. À estes, vai ter baile, blocos e mais blocos com suas marchinhas por toda a megalópole, restaurantes para serem revisitados ou conhecidos, parques, cinemas, teatros e museus com programações especiais, o próprio Sambódromo do Anhembi, já citado, e por que não uma trilha para trekkers bem próxima à São Paulo?
Sugiro a dica de uma dica, das melhores que já tive e sigo, como dica: a Trilha do Vale do Rio Perequê, no parque de mesmo nome, em Cubatão. Diferente do que a maioria pensa, a cidade entre a região metropolitana e a Baixada Santista não é sinônimo de reduto unicamente industrial. Os quase 700 metros de subida parque adentro e acima guardam lugares preservados de Mata Atlantica, rios e cachoeiras de águas límpidas e nem tão geladas assim, já que a previsão, segundo o Climatempo, é de máximas acima de 30º pra esse feriadão.
Ainda de acordo com os relatos encontrados no google, depois de avançar sucessivas cristas e de descortinar novas perspectivas nos contrafortes serranos, a pernada finda próximo do quase 1 km de Mata Atlântica por bem pouco, intacta, não fosse o ar, denso, dos resquícios do polo industrial. Mas, não por isso, o topo da trilha deixa de ser o ápice do ápice. Pelo contrário, o alto desse cume auto-limpante pela umidade das gotículas que respingam da Véu de Noiva, a cachoeira mais alta do percurso, com uma queda de aproximados 80 metros de água, é doce.
Se subir mais um pouquinho, dizem que dá para avistar a Serra de Paranapiacaba, o Vale do Mogi e Quilombo, toda a Baixada Santista recortada em mangues, canais, indústrias, pólos habitacionais e, lá no fundo, o porto de Santos. A ida e a volta de Sampa podem ser de carro, pela Anchieta ou Imigrantes, ou de busão, que sai do Terminal Rodoviário do Jabaquara e volta pela Rodoviária de Cubatão. O importante é ir bem cedinho, entre 6h e 7h, no máximo, e calcular o tempo do retorno proporcional ao da ida, antes de escurecer. E o mais bacana: a entrada no parque é gratuita. Só chegar e subir pra conhecer toda essa imensidão nos dada de presente pela mãe natureza.
E, pra finalizar as dicas de Carnaval pelo fundo do apogeu democrático, assim mesmo, contraditório, porque tudo é uma questão de ponto de vista, para os que ficam ou vão para uma das quatro capitais mais procuradas desse Carnaval (RJ, SP, Floripa e Fortaleza), tem dicas boas na revista Go Outside, para uma folia com um pegada ecológica, como a dica da minha dica. Independente de qual for o destino de quem fica ou de quem vai, não esqueçam: água e alimentação saudável, roupas leves e confortáveis e calçados adequados. Protetor solar, repelente, kit de primeiros socorros, bússola, GPS (se tiver é sempre bom, mesmo que falhe muitas vezes, pode salvar), lanterna e o que mais for importante de acordo com o lugar. E claro, descarte de lixo consciente, pelo amor à natureza.
Bom, espero ter contribuído a uma reflexão pré-carnaval, de clichezenta que navega no mesmo barco que todo mundo e que às vezes, bem às vezes, tem cérebro de iguana, e muitas, muitas vezes, coração de manteiga, e que apenas decidiu ser mais minimalista, nada além disso. Tudo por um Carnaval e uma vida mais simples, saudável e feliz, só com as suficientes e naturais ironias do destino. Não o carnavalesco, o das coincidências. Sim, elas existem, assim como a responsabilidade de quem escreve e interpreta o que lê. Tudo por mais respeito a tudo isso, ao planeta, às diferenças, à fé, ao cuidado e amor ao próximo, em e por São Paulo, a terra da garoa e do sol, quantas vezes a mãe natureza achar necessário. We're getting. Bom feriado à todos! OK, GO!!!